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“Barco em terra firme” ou reforma real?

  • Foto do escritor: Frederico Aburachid
    Frederico Aburachid
  • 24 de mar. de 2017
  • 2 min de leitura

As reformas política, previdenciária, trabalhista, tributária, dentre outras, formam a pauta diária de nossos periódicos.

As justificativas são muitas, dentre as quais, a crise política, moral e econômica. O amadurecimento da sociedade, a evolução tecnológica e o anseio por maior participação.

A aparente contradição reside, contudo, nos emissores do discurso. Na maioria das vezes, a eloquência do argumento por reforma está exatamente na voz de parte daqueles que se encontram sob as mesmas estruturas há anos ou décadas, fazendo mais do mesmo.

É possível haver reforma, quando os atores são os mesmos? Qual seria a coerência? A resposta é simples.  A força do discurso não está realmente na pessoa ou no instrumento que o veicula. A adesão dos ouvintes é consequência do conteúdo das propostas e do grau de transformação que anseiam.

Por isso, a mera mudança de atores (emissores) quando se defende renovação (ou reforma) é algo míope. Aliás, a história já nos ensinou isso: é  preciso conhecer o conteúdo da reforma e a sua forma de execução.

Mais que nunca, vivemos o período da “autoridade do argumento”, minimizando o que se defendia no passado como “argumento de autoridade”.  A inovação ou reforma – seja de que natureza for – é persuasiva quando o seu conteúdo é realmente viável e coerente.

Quando se entoa, por exemplo, a reforma previdenciária, o cidadão não mais se contenta com o “argumento de autoridade”, proferido pelos “formadores de opinião”. O cidadão precisa compreender a viabilidade da proposta e de suas consequências. Ele deseja participar da decisão e sentir os resultados.

Isso acontece, hoje, em todos os círculos de discussão. Inovar é fazer diferente. Enxergar e responder aos desafios sem compromisso com costumes já testados e reprovados. É quebrar paradigmas, estabelecer novos procedimentos e métodos para superar os problemas e apontar soluções. Deve ser assim em nosso Estado e em  nossas indústrias, por exemplo.

As entidades empresariais em Minas Gerais tem buscado transformar a nossa economia. A FIEMG e o SEBRAE conseguiram nos últimos anos identificar desejos e premover  reformas que são sentidas por toda a sociedade.

Projetos com grande força de adesão e real transformação tem sido implementados, não admitindo retrocesso.

O “FIEMG LAB” enche de orgulho o industrial, despertando a chama do empreendedorismo nos jovens. O “P7 criativo” agrega valor a Minas, irradiando ao lado do CIT-CETEC, energia e infraestrutura para integrar academia e indústria. As escolas e laboratórios do SENAI e SESI capacitam nossos jovens e conquistam destaque no país. O projeto de revitalização dos Distritos Industriais, o programa cidades sustentáveis, dentre outros, tem metas afinadas com o interesse comum da indústria e da sociedade em geral. Isso é inovação e protagonismo.

Realizar reformas exige capacidade para criar soluções viáveis. Pressupõe projetos transformadores de ampla adesão e atores integrados para executa-los. Sem tais características, a reforma e seus atores são como “barcos em terra firme”: não saem do lugar.

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