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Dai a César o que é de César: Brasil posicionou-se pro gerações presentes e futuras na COP-26

  • Foto do escritor: Frederico Aburachid
    Frederico Aburachid
  • 15 de nov. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 15 de nov. de 2021




Muito se fala sobre os dados de desmatamento na Amazônia, suposto enfraquecimento dos órgãos de fiscalização ambiental e poucos avanços no controle de emissões de carbono pelo Brasil.


A COP-26 apresentou, contudo, uma fotografia bastante interessante. Ao contrário do que se temia, a postura do Brasil foi muito mais alinhada às premissas ambientais, distinguindo-se de posicionamentos de outrora. Não foram apenas “blah, blah, blah...”, como alguns ativistas tem defendido.


O avanço nas negociações e compromissos ambientais resultaram na celebração de importantes acordos internacionais.


A Declaração de Florestas, visando ao fim do desmatamento ilegal e reverter a perda de florestas até 2030, evidencia no cenário internacional que o país tem base de dados segura sobre os números a serem zerados e, em tese, dispõe de conhecimento técnico e monitoramento para coibir a ilegalidade.


Outro importante compromisso brasileiro foi a meta de redução em 50% das emissões de gases de efeito estufa até 2030 com base nos dados de 2005. Além disso, o corte de emissões globais de metano de 30% em 2030 em relação às de 2020.

Finalmente, destaca-se que o Brasil conseguiu incluir no acordo final a regulamentação do mercado de carbono. O acordo prevê a criação de um Órgão Supervisor na ONU com a competência de intermediar a compra e venda de créditos de carbono, reconhecendo créditos registrados desde 2013.


Há um certo ceticismo pairando no ar. Muitos ambientalistas são tomados pelo sentimento de incredulidade, como se o Governo brasileiro estivesse praticando mero greenwashing para manter parceiros comerciais como China e Estados Unidos.


A despeito dessa desconfiança, certo é que a legislação florestal brasileira, já vigente, dispõe de instrumentos suficientes para uma atuação estatal eficaz contra infrações e crimes.


Não fosse o bastante, outras medidas internas vem sendo adotadas para a melhoria de serviços públicos de impactos ambientais, como o programa de concessões e privatizações, além do novo marco legal do saneamento.

As privatizações de equipamentos de infraestrutura, inclusive parques e outras unidades de conservação, assim como novas concessões no saneamento, passando por sua adequada regulação, permitirão maior controle de resultados, melhoria de processos e redução de impactos ambientais negativos.


O Brasil ainda carece, contudo, dos denominados prêmios verdes. É fundamental que os governos federal, estaduais e municipais revejam os instrumentos econômicos ambientais a fim de estimularem ações positivas. Através de prêmios verdes pela redução de externalidades negativas, mesmo quando consideradas lícitas, ou pela melhoria de processos produtivos, estimular-se-ão novos investimentos, transformando empreendedores privados em agentes efetivos de política pública.


Daí a César o que é de César. O Brasil adotou postura positiva nas negociações da COP-26, afinando o discurso verde e econômico em favor das gerações presentes e futuras. Se o discurso e a prática estarão tambem alinhados, o tempo haverá de nos responder.



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